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Começando pela campanha de informação presente nos pacotes de açúcar, que iniciativa é esta? Esta campanha resulta de uma parceria entre a Sociedade Ponto Verde e a Delta que aproveitando a rotina de tomar café, muito apreciada pelos portugueses, esclarece e corrige alguns dos erros mais comuns associados à separação de resíduos. Vão ser distribuídos mais de 5 milhões de pacotes de açúcar, personalizados com 20 mensagens e desenhos diferentes, para clarificar o que se deve fazer, entre outros, aos copos de vidro, fraldas, embalagens de leite ou aos frascos de perfume. A coleção de pacotes de açúcar estará disponível nos estabelecimentos do Canal Horeca, de Norte a Sul do País, durante, sensivelmente, 2 meses. Que objetivos esperam atingir? Esta é mais uma ação que visa dissipar as dúvidas que ainda persistem sobre reciclagem. Desde há 18 anos que a Sociedade Ponto Verde tem vindo a incutir nos consumidores a importância de separar os resíduos e, em resultado desse trabalho, 70% da população transformou o gesto da separação numa rotina quotidiana. No entanto, ainda persistem algumas dúvidas, pelo que há que relembrar algumas das regras para a separação. Separar mais e melhor são os dois objetivos que pretendemos atingir. Em termos estatísticos, como se posiciona Portugal em termos mundiais ao nível da reciclagem? Portugal tem feito um percurso muito positivo em matéria de gestão de resíduos. Não obstante, há ainda muito trabalho a fazer, conforme dá nota o relatório “O Ambiente na Europa Estado e Perspetivas 2015. Independentemente disso, estamos perante uma realidade totalmente diferente de há 20 anos. Este é um desenvolvimento de que o nosso País se pode orgulhar, uma vez que conseguiu reunir e motivar um conjunto de atores para um objetivo único, mesmo que muito impulsionado pelas diretivas comunitárias. Fruto do trabalho realizado, no ano passado a Sociedade Ponto Verde encaminhou para reciclagem 419 mil toneladas de resíduos de embalagens recuperados no fluxo urbano, um crescimento de 9% em relação ao ano anterior e o valor mais elevado de sempre desde que é feita a reciclagem em Portugal. Este resultado histórico mostra que Portugal está no bom caminho. A maior dificuldade é fazer chegar a mensagem às pessoas ou é a necessária mudança de hábitos relacionada com questões mais culturais? A mensagem chega a cada vez mais pessoas e através das mais variadas formas. A mudança de mentalidades leva o seu tempo, mas têm-se conseguido resultados fantásticos. Existe, cada vez mais, a noção de que a partir da separação dos resíduos nos nossos lares, e do seu posterior encaminhamento para os locais adequados de deposição, está-se a iniciar um processo de valorização de resíduos, permitindo dar vida a novos produtos ou recursos e, ao mesmo tempo, poupar recursos naturais e desenvolver toda uma atividade económica e social. É também por isso que juntaram César Mourão e Nuno Markl numa campanha? A escolha dos dois humoristas foi uma forma de falar de assuntos sérios de uma maneira divertida, respondendo aos mitos mais comuns sobre reciclagem de embalagens. O Nuno Markl e o César Mourão, pelo impacto que conseguem criar junto do público, podem ajudar a chegar a mensagem a um número maior de pessoas. Como surgiu esta ideia? Os mitos que estão na base dos quatro filmes foram selecionados a partir de algumas das dúvidas levantadas pela população no âmbito da Missão Reciclar. Esta ação, desenvolvida pela Sociedade Ponto Verde em coordenação com os municípios e os sistemas municipais, está a decorrer desde dezembro de 2013 e pretende impactar 2.000.000 de lares de norte a sul do País. Os quatro filmes pretendem desmistificar a ideia de que os resíduos depositados nos ecopontos são misturados no camião que os transporta até aos centros de recolha e triagem; explicar que a reciclagem não é causadora de desemprego, mas antes geradora d