Ambiente Online Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos foi apresentado esta manhã O novo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR) vai funcionar como “alavanca”,em articulação com outras fontes de financiamento,e não servirá para viabilizar integralmente projectos, disse o Ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, em declarações ao Ambiente Online. “Quem olhar para este programa como podendo viabilizar integralmente os seus projectos tem uma nova reflexão a realizar.O PO SEUR pode beneficiar determinado projecto quando associado a outras fontes de financiamento”, explicou o governante que apresentou esta manhã o PO SEUR, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa. Jorge Moreira da Silva salienta que o PO SEUR não espalha dinheiro sobre todas as áreas. “Faz escolhas estratégicas.É um programa operacional selectivo. Não existem fundos pré-determinados para ninguém. A lógica é uma lógica assente no mérito e na concorrência, o que significa que apenas os bons projectos serão viabilizados”, sublinhou. Jorge Moreira da Silvasublinha quea partir de agora todos têm que fazer o trabalho de casa e encontrar bons projectos para áreas importantes e que se alicercem em condições de sustentabilidade económico financeira no desenvolvimento desses projectos. “Há necessidade de demonstrar que cada euro de investimento público do PO SEUR terá uma reprodutividade e permitirá gerar muitos mais euros de resultado prático em associação de outras fontes de financiamento”, frisou. Jorge Moreira da Silva lembra que Portugal beneficiou durante muitos anos de fundos europeus para eliminação de problemas ambientais antigos, para a protecção dos recursos, desenvolvimento de políticas de prevenção de riscos e combate às alterações climáticas. “Esses projectos foram coroados de êxito. Portugal atingiu níveis extraordinários de acesso a bens públicos, nomeadamente água, tratamento de águas residuais, prevenção e tratamento de resíduos e energias renováveis. Não podemos olhar para este novo programa operacional como uma mera sequência de programas operacionais anteriores porque, desta vez, estamos a assegurar que existe uma maior integração dos projectos com vista a assegurar a reprodutividade do investimento que é feito”, enfatizou. As potencialidades do PO SEUR serão abordadas no “Seminário Apoios Comunitários para o Ambiente e Energia”, que o jornal Água&Ambiente organiza a 25 de Fevereiro, no auditório da Caixa Geral de Depósitos da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, na Caparica, em parceria com o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia. O PO SEUR vai ter, até 2020, mais de 2,2 mil milhões de euros. Baseia-se em três eixos: apoiar a transição para uma economia com baixas emissões de carbono em todos os sectores, promover a adaptação às alterações climáticas e a prevenção e gestão de riscos e, por fim, proteger o ambiente e promover a eficiência dos recursos.