I Online Portugal enviou para outros países mais de 67.000 toneladas de resíduos perigosos para tratamento em 2013 e recebeu 17.000 toneladas, um valor oito vezes superior ao registado em 2012, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). Portugal enviou para outros países mais de 67.000 toneladas de resíduos perigosos para tratamento em 2013 e recebeu 17.000 toneladas, um valor oito vezes superior ao registado em 2012, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA). O relatório sobre os Movimentos Transfronteiriços de Resíduos refere a exportação de 67.259 toneladas de resíduos, para valorização e eliminação, em 2013, mais 3% do que no ano anterior, quando o valor enviado para outros países se tinha ficado pelas 65.339 toneladas. O país recebeu 17.308 toneladas de resíduos para tratar ou eliminar, oito vezes mais do que o valor de 2012, de 2.084 toneladas, informa a APA, no documento divulgado no seu site na internet. A maior parte do lixo que saiu destina-se a valorização (65.078 toneladas) e metade desta quantidade corresponde a resíduos sólidos do tratamento de gases com substâncias perigosas, “reflexo de notificações de envio de pó de despoeiramento da Siderurgia Nacional”, a que se junta 26% de acumuladores de chumbo (baterias), ambos destinados a Espanha. Aliás, Espanha é o país que recebe a maior quantidade dos resíduos que saem de Portugal para valorização, atingindo 63.703 toneladas, número maior que as 61.245 toneladas de 2012, seguido da Alemanha, com 648 toneladas, aponta o relatório da APA, acrescentando que 81% deste lixo se destina a reciclagem. Em 2013, das 2.181 toneladas de lixo saído de Portugal para eliminação, mais de metade relaciona-se com medicamentos e 83% destina-se a incineração. A Bélgica foi o país que recebeu maior quantidade de resíduos para destruição, ou seja, 1.526 toneladas. Sobre os resíduos hospitalares, de incineração obrigatória, a APA avança que “foram transferidos de modo a assegurar um tratamento adequado, de forma eficiente e ambientalmente correta, dado que as instalações de autoclavagem e incineração em território nacional não têm capacidade instalada suficiente para tratamento da totalidade” deste tipo de lixo. Quanto ao número de processos de notificação em curso em 2013, a APA explica que foram 126, entre os transitados de 2012 e os recebidos de novo, o que excede a média dos anos anteriores e representa uma subida de 35% na comparação com um ano antes.