Ambiente Online Pedro Amaral Jorge analisou o contributo do sector privado para o cumprimento das metas do PENSAAR 2020 “Está o sector tão dotado de meios e capacidades que possa prescindir do sector privado?”, questionou Pedro Amaral Jorge, representante da AEPSA Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente, na sessão da manhã do segundo dia da 9ª Expo Conferência da Água. Para o gestor, tendo em conta os investimentos estimados em 3700 milhões no PENSAAR 2020, o novo plano estratégico para o sector, e a fatia de fundos comunitários para o sector da água 700 milhões o que falta saber é qual será a distribuição do contributo remanescente por capitais públicos e privados. Da parte das empresas, assegurou: “o sector privado está capitalizado e tem dinheiro para investir”. Pedro Amaral Jorge enumerou o contributo do sector privado, para além do acesso a capital, nomeadamente boas práticas empresariais, experiência de 20 anos e eficiência operacional. O gestor salientou ainda que “o sector privado não está circunscrito a uma geografia” e que a concessão a empresas privadas de serviços a nível municipal ou intermunicipal permite “economias de escala” entre concelhos não contíguos. No entanto, também identificou “condições” para uma maior participação privada, designadamente um marco legal estável, a regulação dos sistemas, uma definição clara do papel do Estado, e a sustentabilidade económica e financeira dos sistemas. Tudo isto “tem impacto nas taxas de risco” associadas aos contratos e, logo, nas tarifas propostas aos municípios. Os operadores privados gerem actualmente 32 concessões, abrangendo cerca de dois milhões de pessoas.