Diário Económico A Mota-Engil foi oficialmente notificada, no dia 19 de Setembro, da vitória do consórcio liderado pela sua participada SUMA no processo de privatização da EGF – Empresa Geral de Fomento. A decisão foi assumida com uma resolução do Conselho de Ministros (ne 55-B) publicada em Diário da República logo no dia seguinte ao anúncio oficial, pelo Governo, em Conselho de Ministros, de que o grupo liderado por António Mota e Gonçalo Moura Martins tinha vencido a privatização da gestora de resíduos. Nessa resolução do Conselho de Ministros, decidiu-se “aprovar os instrumentos jurídicos a celebrar entre a AdP – Águas de Portugal, S. A., o concorrente Agrupamento SUMA (…) e a sociedade a constituir pelo mesmo, nomeadamente a minuta de contrato de compra e venda”.”De modo a reforçar a absoluta transparência e concorrência do processo de reprivatização, o Governo decide colocar à disposição do Tribunal de Contas todos os elementos informativos respeitantes aos procedimentos adoptados no âmbito do referido processo”, adianta a referida resolução do Conselho de Ministros. Este documento acrescenta que os citados elementos informativos serão colocados à disposição da instituição presidida por Guilherme d’Oliveira Martins por um período de cinco anos.A Mota-Engil deverá nos próximos dias proceder ao pagamento da verba proposta no concurso público de privatização da EGF, um valor que se fixou em 149,9 milhões de euros. Este montante será pago pelo grupo Mota-Engil para a aquisição das acções representativas de 95% do capital social da EGF. Os restantes 5% ficaram reservados aos trabalhadores da EGF. Segundo o caderno de encargos desta privatização, a parcela destes 5% que não for adquirida pelos trabalhadores da EGF terá de ser comprada pela Mota-Engil. A empresa terá ainda de assumir cerca de 200 milhões de euros para pagar a dívida consolidada da EGF.Na privatização participaram quatro concorrentes na fase vinculativa. A belga Indaver foi desclassificada. A Mota-Engil (através da SUMA), os espanhóis da FCC – Fomento de Construcciones y Contratas e o grupo DST, sedeado em Braga, foram os três adversários na fase final, mas cedo se percebeu que a batalha seria discutida entre a Mota-Engil e o grupo espanhol.A FCC propôs um preço de 145,3 milhões de euros, o que representou uma diferença de cerca de 3% face ao valor apresentado pela Mota-Engil. O grupo espanhol fez saber a sua predisposição para subir a parada se o Governo optasse por uma ronda final de negociação, mas não foi essa a opção do Executivo.