Expresso Parpública dilata o prazo de reclamações na privatização da EGF. Um pedido da FCC – Fomento de Construcciones y Contratas levou a Parpública a adiar até ao dia 10 (quarta-feira)o prazo de reclamações dos concorrentes à privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF). O período de audiência prévia a que os concorrentes têm direito para contestar o relatório do júri deveria terminar hoje. A FCC, que no relatório preliminar surge em segundo lugar atrás da Mota-Engil, invocou uma disposição do caderno de encargos que permite o acesso às propostas dos outros concorrentes para pedir a dilatação do prazo. A Parpública aceitou o pedido e alargou o prazo da audiência prévia até 10 de setembro. Mota-Engil à frente O relatório preliminar da Parpública e das Águas de Portugal (AdP) recomendava a “escolha imediata” da proposta da Mota-Engil, sem recurso a uma ronda final de negociações, uma sugestão que os espanhóis da FCC contestam. AFCC manifestou a pretensão de “melhorar a sua oferta económica”, numa segunda ronda negocial. A Mota-Engil oferece 149,9 milhões de euros pela EGF enquanto o valor da FCC é de 145,3 milhões. A proposta da Mota-Engil surge em primeiro lugar em seis dos sete critérios considerados, ficando em segundo lugar apenas no “cumprimento e superação das exigências e objectivos ambientais”. Segundo o relatório de avaliação, a proposta “satisfaz amplamenteos critérios e os objectivos” da privatização da EGF. A venda da EGF contou com quatro interessados: Suma (Mota-Engil), FCC, DST e a belga Indaver, cuja proposta foi desclassificada pornão ser vinculativa. A EGFé a sub-holding do grupo AdP para o tratamento e valorização de lixos, contando com 11 concessionárias, servindo 174 municípios e cerca de 60% da população.