Diário Económico A Mota-Engil apresentou a proposta financeira mais elevada para a compra da EGF, apurou o Diário Económico. O grupo liderado por Gonçalo Moura Martins avalia a empresa em 349,9 milhões de euros. Esta proposta, como as restantes, pressupõe sempre a assumpção de 200 milhões de euros de dívida da EGF, sendo o restante pago em ‘cash’. No ranking das propostas seguiu-se a espanhola FCC, com 345 milhões de euros, a belga Indaver com 317,5 milhões e a também portuguesa DST com 290,3 milhões de euros. O preço é um critério importante mas não decisivo para a escolha final. Em linha de conta, o Governo terá também o projecto de desenvolvimento para a EGF e outros critérios como a experiência dos concorrentes nesta área de negócio, o tratamento de resíduos sólidos urbanos. Ainda assim, o Executivo poderá abrir um processo de negociação directa entre os concorrentes mais atraentes, não havendo um calendário fechado para anunciar o vencedor.O Económico havia já noticiado que, dos sete interessados na privatização da EGF, apenas quatro – os que apresentaram ontem proposta – se mantinham em campo. As desistências deveram-se a vários motivos: receios sobre as providências cautelares colocadas por alguns municípios, instabilidade do mercado financeiro causado pela tensão no BES e dificuldade em termos de calendário da oferta.Pelo caminho ficaram os chineses da Beijing Capital e a Egeo, associada ao fundo de infra-estruturas Antin, a qual alertou a Parpública para a dificuldade em cumprir o calendário. Já antes, dois candidatos chineses tinham abandonado o processo, a Águas de Pequim e a Sound Global. Mais recentemente, foi a vez da Ode- brecht-Solvi a abandonar o processo, depois de o Governo não ter acedido ao seu pedido para dar mais tempo para a apresentação de propostas. B.P., T.F. e A.M.G.