Diário Económico As novas metas ambientais inscritas no Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos (PERSU) para 2020, uma das peças chaves para a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), deverão criar 1.250 novos postos de trabalho directos, num sector que empregava, em 2012, 3.391 pessoas. Já em termos indirectos é expectável um aumento dos 11.721 para 12.997 trabalhadores. A conclusão é do estudo da Sociedade Ponte Verde sobre a sustentabilidade da gestão dos resíduos urbanos. Com base nas orientações do PERSU – que exigem um incremento das taxas de recolha selectiva de resíduos e desvio de resíduos de aterro com recurso a tecnologias de valorização material – este relatório sugere ainda um impacto económico directo cifrado em 451 milhões de euros. Mais 26% do que no ano de referência, 2012. Indirectamente, o valor acrescentado bruto será de 55%. “Caiu o último mito da privatização da EGF. Este estudo clarifica um dos riscos apontados para o mercado de trabalho com a venda do capital da EGF. Com mais ambição ambiental será necessário mais mão-de-obra”, afirmou o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva. O governante sublinhou ainda que “continuará a fazer tudo” para concluir a operação de privatização, que está a ser impugnada nos tribunais pelas autarquias, até Julho. A.M.G.